IMPACTOS DA INSERÇÃO DO HIDROGÊNIO DE BAIXO CARBONO NO SISTEMA ENERGÉTICO BRASILEIRO: MODELAGEM INTEGRADA E OTIMIZAÇÃO DAS CADEIAS DE COMBUSTÍVEIS E FERTILIZANTES

Publicação:

Autoria:
Leonardo Amaral dos Santos Barroso Leite

O hidrogênio é um elemento crucial para a transição energética global, especialmente em setores como transporte, indústria e energia. Atualmente, a maior parte do hidrogênio é produzida a partir de combustíveis fósseis, como gás natural e carvão, gerando emissões significativas de CO2. No Brasil, a produção de hidrogênio é predominantemente baseada na reforma a vapor do metano (RVM), utilizada principalmente em refinarias e fábricas de fertilizantes nitrogenados. O estudo propõe a adoção de tecnologias de baixo carbono, como a captura de carbono (hidrogênio azul) e a eletrólise da água alimentada por fontes renováveis (hidrogênio verde), para reduzir as emissões de CO2. A dissertação modela a cadeia de hidrogênio no Brasil, considerando diferentes regiões e tecnologias, e avalia os impactos econômicos e ambientais dessas mudanças. A metodologia inclui a modelagem da cadeia de hidrogênio, a inserção de coeficientes técnicos e financeiros, a projeção de demanda e a construção de cenários. Dois cenários principais são analisados: um Cenário Referência, que segue as tendências atuais sem restrições de emissões, e um Cenário Mitigação, que incorpora as metas de redução de emissões estabelecidas pela Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil. Os resultados mostram que a adoção de tecnologias de baixo carbono, como o hidrogênio azul e verde, pode reduzir significativamente as emissões de CO2, especialmente nas refinarias e fábricas de fertilizantes. No entanto, o custo dessas tecnologias ainda é elevado, o que pode limitar sua adoção em larga escala. O estudo sugere que o Brasil, com sua matriz energética limpa e abundância de recursos renováveis, tem potencial para se tornar um líder na produção de hidrogênio de baixo carbono.